Tudo começou com a Argentina. Estreiou na Copa América 2011 na última sexta-feira contra a Bolívia diante da sua torcida e não passou de um empate em 1 a 1, num jogo de amargar. Choveram críticas de todos os lados contra a péssima apresentação dos pupilos de Sergio Batista. No lugar de um show de Messi e Cia. o que seu viu foi um espetáculo bizarro de tirar a paciência de qualquer um.

O detalhe: um cão desconhecido entrou e saiu do campo do estádio de La Plata sem ser pego. Suas habilidades lhe renderam o maior aplauso da torcida presente na partida entre Brasil e Venezuela. Foto: Ale Viana (News Free/AE)

Dois dias depois do fiasco da Argentina, foi a vez do Brasil entrar em campo contra a Venezuela, em La Plata. O fracasso do arquirival ainda era notícia por todas as partes e parecia impossível que a famosa Seleção Brasileira fosse compartir a mesma sorte.

Mas o Brasil decepcionou e não passou de um empate sem gols com a Venezuela numa das piores apresentações já vistas na sua história. A equipe ´Vino Tinto´ conseguiu o segundo empate consecutivo com o Brasil em partidas oficiais e já começa a criar um tabu contra o futebol pentacampeão mundial. Agora é o rato que come o gato.

Em um passado não muito distante, jogar mal contra a Venezuela significava ganhar por 3 a 0 ou mais. E isso se jogasse com um time de empresa. Agora, técnicos e jogadores usam a desculpa que não tem mais bobo no futebol, que acabaram as diferenças etc. Pura desculpa de quem não sabe fazer bem o seu trabalho. Ou alguém acredita que não existe diferenças entre o futebol brasileiro e o venezuelano?

Além de jogar mal contra a Venezuela, o Brasil mostrou que não sabe o que faz em campo. Muita preocupação com a tática, deixando de lado a essência do seu futebol. Chutão da zaga para o ataque. Jogadores estáticos tocando a bola de lado como se ganhassem por 5 a 0. O vexame correu como um pavio de pólvora no Velho Continente, onde os jornais deram muito destaque ao tropeço brasileiro.

E não é para menos. O Marketing criado pela Seleção Brasileira sempre gera grande grande expectativa e com ela a decepção é maior. O futebol brasileiro há tempos não é o mesmo e vive de um passado cada vez mais distante. Quando os resultados aparecem, se disfarça o mal jogo. Já quando não ganha, como contra a Venezuela, as carências ficam expostas. E chega a dar vergonha alheia.

Agora é esperar o jogo contra o Paraguai, que depois do visto aparece como favorito. Torcer que o Brasil marque um gol, já que o único gol brasileiro até agora só mesmo com a camisa da Bolívia. E, principalmente, rezar para que o personagem mais aplaudido pela torcida seja desta vez algum craque dos gramados e não um cachorro desconhecido que entre em campo disposto a mostrar suas habilidades.