Foi o sétimo título continental do FC Porto. Foto: Armando Franca AP/AE

Em Portugal dizem que ele é o novo Mourinho. Ninguém sabe se isso é bom ou ruim. O certo é que as comparações não são por acaso. André Villas-Boas, nascido na cidade do Porto em 1977 e descendente de uma familia de viscondes, está fazendo história no futebol europeu apesar da sua pouca idade. Essa semana voltou a demonstrar que é um bom técnico e que tem um futuro promissor.

Na última quarta-feira, o FC Porto se proclamou campeão da Liga Europa ao vencer o Braga por 1 a 0 na Arena de Dublin com um gol do colombiano Radamel Falcao. O resultado converteu Villas-Boas no técnico mais jovem em ganhar um título continental no futebol europeu, com 33 anos e 213 dias, superando o antigo recorde do italiano Gialucca Vialli, que venceu a Recopa européia de 1998 com o Chelsea, com 33 anos e 308 dias.

Antes disso,  Villas-Boas já tinha levado o Porto ao título português deste ano de forma invicta e também está na final da Copa de Portugal, o que pode lhe render um ´triplete´ nesta temporada. Algo que só José Mourinho conseguiu no comando dos ´Dragões´, em 2003, quando ganhou a UEFA, a Liga nacional e a Copa portuguesa.

Villas-Boas celebrou com energia o título da Liga Europa conquistada na última quarta-feira, em Dublin (Irlanda). Foto: Armando Franca AP/AE

Apesar de Villas-Boas tentar distanciar sua imagen de Mourinho, é uma tarefa quase impossível. Ele foi ajudante do atual técnico do Real Madri de 2004 a 2009, com quem trabalhou em equipes como o próprio Porto, o Chelsea e o Internazionale. Tinha a tarefa de informar sobre os times rivais até que decidiu que já era hora de dar o salto. Até o momento as comparações com Mourinho se limitam ao seu método de trabalho.

É perfeccionista, organizado e amigo dos jogadores. Muitos dos seus atletas lhe consideram um profissional com uma confiança sólida em si mesmo, um grande poder de persuasão psicológica e absolutamente dedicado à profissão. O difícil será se ele passar também a ser comparado ao seu compatriota pela personalidade polêmica. Ninguém merece ter que aguentar dois ´Mourinhos´.