O Atlético venceu o Real Madrid após 14 anos e conquistou de forma heróica a Copa do Rei da Espanha 2012/13. Foto: Andres Kudacki AP/AE

Foi uma longa espera. Mas valeu a pena. Foram necessários 14 anos e 25 clássicos para que o Atlético de Madrid voltasse a vencer o Real Madrid num campo de futebol. O tabu histórico contra o eterno rival da capital espanhola caiu justamente quando o prêmio era mais suculento: na final da Copa do Rei da Espanha 2012/13….e em território inimigo.

O Atlético venceu o favorito Real Madrid de virada por 2 a 1, na última sexta-feira, em pleno estádio Santiago Bernabéu e conquistou de forma heróica seu 10º título da competição mais tradicional do futebol espanhol. O destino escolheu a ocasião perfeita para o Atlético chegar ao sonhado triunfo. E a garra demonstrada pelos pupilos de Diego Simeone foi compatível com a entrega de uma torcida que transformou essa final num espetáculo inesquecível.

O gol de Cristiano Ronaldo logo no início do duelo foi a prova de fogo que o Atlético precisava. Por um instante parecia que o histórico tabu ia seguir intacto e que o Real Madrid seguiria reinando na capital. Mas os brasileiros Diego Costa e Miranda, com um gol cada, confirmaram uma vitória na prorrogação baseada na fé e no orgulho de um time com atitude de campeão. Uma equipe de heróis que teve um respaldo incrível nas arquibancadas.

Foi a noite de Falcao, do goleiro Courtois, enfim, de todos. De um time que não deixou de acreditar nem mesmo diante do terrível assédio do rival, que metia uma bola na trave atrás de outra. Quando não era o poste, era Courtois que realizaba algum milagre. Mourinho e CR7 acabaram expulsos. Não tinha jeito. A noite era do Atlético. E o fim de semana também, pois a festa só acabou no domingo.

A Fonte de Netuno, na Praça de Cánovas del Castillo, em Madrid, (tradicional ponto de celebração dos títulos ´colchoneros´) voltou a ser o cenário da festa. A torcida do Atlético comemorou como nunca ao lado do orgulhoso Deus dos Mares, no último sábado, a conquista de mais um título nacional após 17 anos. Netuno voltou a sorrir na capital espanhola. E o torcedor ´colchonero´ por toda a Espanha, também.