Guardiola é visto por muitos brasileiros como uma boa opção para o comando da Seleção Brasileira. Foto: LD Sport News

O futebol virtuoso apresentado ao mundo pelo técnico Pep Guardiola nos últimos quatro anos foi muito além dos títulos e prêmios conquistados pelo FC Barcelona nesse período. O treinador catalão ofereceu ao planeta uma experiência esportiva inesquecível.

Uma maneira de praticar o esporte mais popular do planeta que já se tornou referência eterna para aqueles que buscam o êxito aliado a excelência. Um trabalho que rompeu as barreiras esportivas.

Uma das coisas que mais me impressionou foi o fato de Guardiola ter conseguido, entre outras coisas – mudar a mentalidade de povo e da imprensa do Brasil com relação a um dos seus patrimônios mais valiosos e representativos: a Seleção Brasileira. Após anunciar a sua saída do Barça há algumas semanas, pude ver várias campanhas a favor de que Guardiola assumisse o comando da única seleção cinco vezes campeã do mundo.

Fiquei surpreso. Afinal, até pouco tempo atrás sugerir algo assim deveria ser feito baixinho e para alguém de confiança. Caso contrário, seria chamado de louco. Uma prova mais de que nessa vida tudo  – ou quase tudo – se transforma. Na última sexta-feira, era um jornalista mais na penúltima entrevista coletiva de Guardiola em Barcelona como técnico do Barça. E lhe perguntei sobre a possibilidade de assumir o comando da Seleção Brasileira.

Apesar de orgulhar-se da aprovação do seu trabalho pelos brasileiros, Guardiola deixou claro quais são suas intenções imediatas. “Insisto que vou tomar um ano sabático. Ainda não sei o que farei no futuro, mas agora tudo o que quero é descansar”, afirmou. “Também creo que as seleções deveriam ser dirigidas por treinadores do próprio país, já que conhecem bem como funcionam as coisas por ali. Mas claro que existem excessões que funcionaram muito bem”, completou.

A resposta de Guardiola pode parecer uma ducha de água fria no sonho de muitos que desejavam vê-lo como técnico do Brasil num futuro próximo. Entretanto, não descartou nenhuma possibilidade com relação ao que fará quando decida voltar ao trabalho. E treinar a única seleção cinco vezes campeã do mundo é, sem dúvida, um desafio para poucos.