Os heróis espanhóis celebraram mais uma conquista histórica no último domingo. Foto: Kerim Okten / EFE

Lembro de um tempo em que o Brasil era o país do futebol. Mas isso só porque tenho boa memória, já que para reviver essa época é necessário buscar em livros de história. Há tempos quem manda nesse esporte é a Espanha. Eles têm a melhor liga de clubes do mundo, os melhores jogadores e aquela baba elástica e bovina só vista em atletas que deixam o sangue no gramado em busca da vitória.

E o mais importante: tem um estilo. Uma maneira de jogar criada pelo FC Barcelona, adaptada na Seleção Espanhola e consagrada ao redor do mundo com títulos que os espanhóis não se cansam de ganhar. Por tudo isso não foi nenhuma surpresa a goleada por 4 a 0 sobre a Itália no último domingo, na grande final da Eurocopa 2012. Um golpe contundente que serviu para deixar claro quem manda nesse negócio.

Foi o segundo título europeu consecutivo da Espanha, o terceiro da sua história. E no meio dos dois, a conquista da Copa do Mundo de 2010. Sua torcida não pode pedir mais. A festa não acaba nunca. Uma alegria que tive o prazer de comprovar nas ruas de Barcelona nesta segunda-feira através do sorriso fácil estampado na cara do torcedor espanhol que passou toda a noite do domingo bebendo e cantando.

Um povo orgulhoso dos seus atletas. Ao menos deles, já que os seus políticos seguem impedindo que a alegria seja ainda maior. E nada como o futebol para aliviar a crise. Nada como uma goleada histórica numa final para reforçar o orgulho. Nada como saber que ao menos no esporte mais popular do planeta, quem manda é o seu país. É, no passado o Brasil também foi assim…