O torcedor alemão é o mais feliz nesta Eurocopa até o momento. Foto: Sebastian Kahnert / EFE

A Eurocopa 2012 está sendo em partes um reflexo da atual situação econômica da Europa. Enquanto todos atravessam uma crise sem precedentes, a Alemanha navega num mar de tranquilidade. Dita as normas nas finanças e também no futebol. A seleção alemã foi a única que conseguiu 100% de aproveitamento na primeira fase da competição.

Apesar de mostrar vários minutos de bom futebol, o certo é que a Alemanha utilizou a sua tradicional disciplina para conseguir a classificação às quartas-de-final. Um estilo pouco estético, mas que colocou o futebol alemão entre os mais vitoriosos da história desse esporte.

As exceções dentro deste contexto de comparações entre crise econômica e futebol são Grécia, Portugal e Holanda. Os dois primeiros vivem a pior situação financeira da sua história, mas pelo menos as suas equipes conseguiram a vaga para a próxima fase. Isso sim, com um boa dose de sofrimento.

Já os holandeses, atuais vice-campeões do mundo e um país estável financeiramente, acabaram eliminados sem conseguir nenhum ponto. Além de conseguir o seu pior registro ofensivo numa competição internacional, com apenas dois gols marcados. A ´Laranja Mecânica´ de outras épocas virou suco nesta Eurocopa.

A Espanha quase protagonizou um vexame esportivo similar ao que vive a economia do país. Apesar do bom jogo mostrado contra Itália e Irlanda, só um gol de Jesús Navas no final da partida diante da Croácia, na última segunda-feira, garantiu a vaga para a atual campeã européia e mundial. Todos sabem que a partir de agora já não há margem para erros. Começa o mata-mata. Na Eurocopa e também entre os líderes econômicos do Velho Continente.