Iniesta, flutuando pelos campos brasileiros. Uma ´delicatessen´ futebolistica. Foto: Bobby Fabisak / AE

Quando o meia Andrés Iniesta entra em campo com o terno e o violino, o futebol agradece. O craque do FC Barcelona foi o que melhor se viu nos estádios brasileiros nesta rodada inaugural da Copa das Confederações. A Seleção Espanhola venceu o Uruguai por 2 a 1 com um primeiro tempo digno de uma moldura nas paredes do olimpo do esporte mais popular do planeta.

Andrés Iniesta fez o papel de mestre de cerimônias num espetáculo que deixou os admiradores do futebol impressionados.  Uma apresentação sublime de um atleta que sempre conquista o torcedor mais exigente de forma sutil, elegante. A rasgação de seda da imprensa brasileira foi geral. Pareciam que nunca tinham visto algo que ocorre com exaustiva frequência  nos campos da Europa.

Mas ele é assim mesmo. Não corre, flutua.  Não dribla, propicia um balé de difícil compreensão para os simples mortais, que não sabem como anular esse estilo suave, de extrema leveza.  Iniesta golpeia com flores. Por isso também é conhecido como ´Sweet Iniesta´. Me considero um privilegiado. Há 10 anos vejo o Iniesta jogar cada semana.

Desde o tempo que ele ainda não fazia essas diabruras. Cresceu, evoluiu e tudo com uma humildade assombrosa. Nas vezes que pude conversar com ele, sempre brinquei chamando ele de ´Iniestinha´. Um espanhol com um futebol de brasileiro de outras épocas. E hoje está no Brasil para fazer você se deliciar com esse talento diferenciado.  Aproveite, que não é sempre.